Fimose na criança

Compartilhe esse artigo

Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email

Fimose é a dificuldade ou impossibilidade de expor totalmente a glande do pênis (cabeça) porque a abertura da pele que recobre a glande (prepúcio) é muito estreita

Precisa operar logo quando nasce?

Não precisa, pois cerca de 95% das crianças masculinas nascem com fimose, que é considerada uma condição fisiológica normal para os recém-nascidos. Portanto, se seu filho nasceu com fimose, não precisa se preocupar em fazer logo a cirurgia ou começar a fazer exercícios. Isso porque a maioria dessas fimoses vão se resolver espontaneamente até os 4 ou 5 anos de idade. Só precisa operar antes dessa idade quando a abertura é tão estreita que prejudica a saída da urina, se a criança começar a apresentar infecção no pênis ou se a criança tiver um episódio de infecção urinária.

Quer dizer que é errado fazer exercícios pra resolver a fimose?

Não tem indicação, pois os exercícios podem causar microtraumatismos com dor e inflamação local, cuja cicatrização pode levar a um estreitamento ainda maior da abertura no prepúcio, piorando a fimose. A dor e o desconforto causado pelos exercícios também criam na criança o medo de que alguém mexa nos seus genitais. Este medo interfere na aceitação da cirurgia, nos cuidados pós-operatórios, na higiene peniana depois que a fimose for resolvida e pode interferir na aceitação da sua sexualidade.

A fimose é perigosa?

Pode ser, se não tratada. Isso porque, após os 5 anos de idade, o esmegma (sebo) que se acumula entre a glande e a pele que a recobre pode começar a irritar e inflamar por dentro, causando infecções de repetição. Como a fimose impede a higiene, o esmegma vai acumulando bactérias e outros germes. Caso o jovem inicie sua vida sexual com a fimose presente e não use preservativos, pode-se juntar ao esmegma bactérias e vírus que possam estar presentes no canal vaginal. Todos esses germes acumulados e vivendo dentro da fimose podem levar a infecções graves do pênis e até mesmo ao câncer de pênis.

Então, quais as vantagens tratar a fimose?

a) Permite a higiene adequada do pênis.

b) Permite no futuro um relacionamento sexual satisfatório

c) Diminui o risco de balano-postites (infeções do prepúcio e glande), infeções urinárias, doenças venéreas e do câncer no pênis.

d) Diminui o risco de câncer de colo de útero na sua futura esposa

Como é feita a cirurgia?

Quando a criança tem mais de 5 anos de idade e permanece com fimose, pode ser indicada a cirurgia. A técnica cirúrgica é explicada pelo cirurgião e são feitos alguns exames pré-operatórios básicos de rotina, como o hemograma e o coagulograma. Combinado o hospital onde a cirurgia será realizada, a criança comparece ao local em jejum de 6 horas. São administradas medicações pré-anestésicas para tranquilizar a criança, que é encaminhada à sala de cirurgia. A anestesia geralmente é local, auxiliada por uma sedação intravenosa. Esta sedação evita que a criança se exalte durante a cirurgia e evita que ela se lembre do que ocorreu antes e durante a cirurgia, prevenindo assim traumas psicológicos. Após a cirurgia, a criança retorna ao apartamento ou à sala de recuperação, sendo liberada para sua residência alguns minutos depois com todas as receitas dos medicamentos e toda a orientação pós-operatória, incluindo o dia de retorno para revisão cirúrgica. Os pais podem permanecer no centro cirúrgico até que a criança durma, reencontrando-a logo após o procedimento, para que a mesma acorde na presença deles.

Em relação à técnica cirúrgica, a mais usada na criança é a técnica do Plastbell, que é um anel plástico colocado entre a glande do pênis e o prepúcio.  Após 15 dias, o anel cai junto com um pedaço de pele que “morre” ao ser estrangulada por um cordão que amarra o anel.

Como é o pós-operatório?

Geralmente é tranqüilo, principalmente quando a cirurgia é feita colocando-se o plastbell (anel). As crianças, se possível, são operadas numa quinta ou sexta-feira, e retornam tranqüilamente as aulas na segunda-feira, mas com a recomendação de que evitem exercícios físicos que possam traumatizar a região cirúrgica por 2 a 3 semanas (Exemplos: – “lutas”, jogar bola, andar de bicicleta, “skate”, patins, “rollers”,…).

Mais sugestões

Scroll Up